A tragédia no Rio de Janeiro impeliu o Ministério da Justiça a antecipar campanha nacional de desarmamento. O ministro José Eduardo Cardozo anunciou que uma grande campanha, que estava prevista para começar em junho, irá começar no dia 6 de maio. De acordo com o ministro, o objetivo é recolher mais de 1 milhão de armas. “O propósito é superar as três campanhas anteriores, quando foram recolhidas mais de 1 milhão de armas. Quanto menos armas, menos violência nas ruas”, defendeu Cardozo.
Em entrevista coletiva, o ministro afirmou que o desarmamento é uma política constante do governo federal. A nova campanha deverá ser coordenada por um conselho formado por outros órgãos do governo, como a Secretaria Especial de Direitos Humanos e o Ministério da Defesa, e também por Senado, Câmara dos Deputados, secretarias estaduais e municipais de Segurança Pública, entidades como OAB, CNJ e CNBB, além de ONGs.
Na última campanha, realizada durante todo o ano de 2009, os valores variavam de R$ 100 a R$ 300 e foram recolhidas mais de 40 mil armas. “Ficou absolutamente caracterizado que quando se realiza essas campanhas você tem uma redução muito forte na mortalidade, que se reduz mais de 50% no Brasil”, afirmou Cardozo. O ministro contou que será realizado um concurso para a logomarca, haverá publicidade oficial e o ministério também buscará apoio dos meios de comunicação.
José Eduardo Cardozo afirmou que, neste momento, o ministério dispõe de R$ 10 milhões para a campanha, mas que este valor pode ser aumentado. O desejo do ministro é de que munições entregues também possam ser ressarcidas. Ele disse também que estuda-se com o Banco do Brasil uma forma de agilizar os pagamentos, que demoravam na última campanha três meses para acontecer. “A demora do pagamento traz um desestímulo a população, que demora ou até desiste de entregar as armas”.
Segundo o ministro, a campanha não tem data para terminar e deve ocorrer anualmente.
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